segunda-feira, 7 de junho de 2010

Existe República em Portugal à 100 anos

  Foi à 100 anos atrás que foi implantada a república em Portugal!

  No 35º aniversário da nossa escola, Escola Secundária de Oliveira do Hospital, dia 28 de Maio de 2010, foram feitas várias actividades, relacionadas com este tema.
  Foi lançada uma revista (abaixo referida), inaugurada uma escultura sobre a Implantação da Républica, feita exclusivamente pelo Prof. Paulo Dias (Professor de Artes Visuais e Director de Turma da nossa turma) e foram feitas várias exposições sobre o mesmo tema.
  Todos os alunos dos vários anos da nossa escola colaboraram de igual forma para que este dia fosse um dia especial, pois comemorámos 2 grandes festas: 100 anos de república e o 35º aniversário da escola
  Os festejos começaram no dia 27, de noite, com a participação de uma pequena banda daqui,  e arrastaram-se para o dia 28, durante todo o dia, em que os alunos não tiveram aulas.
 E foi um dia diferente, em que todos nós ficamos a conhecer mais um pouco sobre aquele dia tão importante, o 5 de Outubro de 1910.


Comemoração do 35º aniversário da escola - Lançamento da Ipsis Verbis

  Na festa da comemoração do 35º aniversário da escola, no passado dia 28 de Maio, ocorreu o lançamento da revista Ipsis Verbis. O ministério da Educação foi um dos principais visados no lançamento do quinto número da revista Ipsis Verbis alusiva ao tema "Repúblicas". 
  "Esta revista é única e prestigia a Escola, os professores e Oliveria do Hospital", afirmou o investigador, entendendo que a Ipsis Verbis "deve chegar aos ministérios da Educação e da Cultura e às comemorações do centenário da República".



  Num total de 200 páginas, a publicação reúne um conjunto de artigos assinados por professores, alunos, ex-alunos, autarcas, investigadores, deputados da República e outras personalidades. Um desses alunos foi a nossa colega Carolina Aranda Marta Almeida, que apresentou, no lançamento da revista, um texto escrito pela mesma sobre a obra "O rapaz de bicicleta azul", Álvaro Magalhães. Este livro relata uma história na época do 25 de Abril, dando uma boa noção de liberdade.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Medidas para melhorar a educação, após a Implantação da República

Em 1911, 70% da população portuguesa era analfabeta. Portugal precisava de trabalhadores mais instruídos e capazes de acompanhar a evolução das técnicas. Os governos republicanos vão tomar medidas para melhorar a instrução dos portugueses:
- criaram o ensino infantil para crianças dos 4 aos 7 anos;
- tornaram o ensino primário obrigatório e gratuito para as crianças entre os 7 e os 10 anos;

- criaram novas escolas do ensino primário e técnico (escolas agrícolas, comerciais e industriais);

- fundaram "escolas normais" destinadas a formar professores primários;

- criaram Institutos Superiores de ensino técnico;

- criaram as Universidades de Lisboa e Porto e reformaram a de Coimbra;



Algumas Personalidades da República

Alguns nomes importantes da Implantação da Republica:
- Abel Acácio de Almeida Botelho.
- Bernardino Luís Machado Guimarães.
- Carlos Cândido dos Reis.
- Egas Moniz.
- Francisco Correia de Lemos.
- Hélder Armando dos Santos Ribeiro.
- Joaquim Fernandes Teófilo Braga.
- Leonardo Coimbra.
- Machado Santos.
- Manuel José de Arriaga Brum da Silveira.
- Nuno Simões.
- Sebastião de Magalhães Lima.
- Teófilo Braga.

Medidas para proteger os trabalhadores, após a Implantação da República

Os trabalhadores, nomeadamente os operários, tinham condições de vida muito difíceis: salários baixos, horário de trabalho com muitas horas diárias, más condições de higiene e segurança no trabalho. As crianças mais pobres fartavam-se de trabalhar para ajudarem a família. Os republicanos defendiam o direito ao trabalho e à justiça social.

Por isso vão tomar medidas para defender os trabalhadores:

- em 1910 foi decretado o direito à greve;

- em 1911 estabeleceu-se a obrigatoriedade de um dia de descanso semanal;

- em 1911 foi publicado o primeiro regulamento das 8 horas de trabalho diário;

- em 1913 foi publicada uma lei sobre acidentes de trabalho, responsabilizando os patrões;

- em 1919 foi estabelecido em todo o país o horário de 8 horas diárias;

- em 1919, passou-se a exigir o seguro social obrigatório para situações de doença, invalidez,
velhice e sobrevivência.

Em 1914, os sindicatos uniram-se e surgiu a União Operária Nacional, mais tarde (1919) Confederação Geral do Trabalho.
A mobilização dos trabalhadores para as greves era grande; algumas estendiam-se a todo o país greves gerais.


A 1ª República - Ano 1910

5 de Outubro:
- 1º Governo (5 Out. 1910 a 3 Set.1911, provisório) – Chefiado por Teófilo Braga do Partido Republicano (PRP). O Presidente do Ministério tem igualmente funções de Presidente da República.
8 de Outubro:
-Expulsão das Ordens Religiosas.
12 de Outubro:
- Criação da Guarda Nacional Republicana.
18 de Outubro:
- Abolição dos títulos de nobreza.
22 de Outubro:
- O Brasil e a Argentina reconhecem a República Portuguesa.
- Abolição do ensino religioso nas escolas.
3 de Novembro:
- Aprovação do divórcio.
15 de Novembro:
- Greve dos trabalhadores da Carris. Inicia-se uma vaga de greves.
1 de Dezembro:
- Aprovação da Bandeira Nacional Republicana.
6 de Dezembro:
- Decreto a restringir o direito à greve (o chamado decreto burla).
15 de Dezembro:
- Instituição do casamento civil, e promulgação de lei da família.

Antecedentes da Implantação da República em Portugal. 1889-1908: Reinado de D. Carlos

1889 :
- Portugal atravessa um período de grave crise económica e social.
1890:
- 11 de Janeiro - Ultimato de Inglaterra.
1891:
- 31 de Janeiro - A primeira revolta destinada a implantar a república é desencadeada no Porto, mas fracassa.
1897:
- Constituição da Carbonária Portuguesa.
1905:
- Visita a Lisboa do presidente da república francesa Émile Loubet. Os republicanos aproveitam para organizar manifestações a favor da república.
1906:
- O rei D. Carlos encarrega João Franco de formar governo.
1907:
- Para evitar as críticas ao governo por parte dos deputados, João Franco convence o rei a dissolver a Assembleia e a não convocar novas eleições, passando a governar em ditadura.
- O descontentamento aumenta porque o governo de João Franco proíbe jornais e manifestações e manda perseguir e prender os opositores, em particular os republicanos.
- Vários dirigentes do PRP que pertenciam à Maçonaria contactam dirigentes da Carbonária com o objectivo de organizarem em conjunto uma revolução destinada a derrubar a monarquia e implantar a república.
1908:
- 28 de Janeiro: Tentativa de revolução republicana em Lisboa é denunciada e fracassa. Várias personalidades republicanas são presas e condenadas ao degredo.
- 1 de Fevereiro - Regicídio: o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro são assassinados por dois elementos da Carbonária, Manuel Buiça e Alfredo Costa.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Algumas fotografias

Na disciplina de Área de Projecto, nós fizemos montagens com fotografias da nossa escola no século XX. Vamos apresentar algumas delas:





segunda-feira, 26 de abril de 2010

Nome: "A Portuguesa"
Música: Alfredo Keil
Letra: Henrique Lopes de Mendonça


Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Conta os canhões marchar, marchar!

Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!


Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afrontão sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

A moeda

As primeiras moedas portuguesas terão sido mandadas cunhar ainda por D. Afonso Henriques.
Eram pequenos exemplares metálicos produzidos a partir de uma liga de cobre e prata que exibiam a cruz de Cristo. Foi durante o reinado de D. Sancho I que apareceu a primeira moeda portuguesa de ouro, o morabitino, que valia 180 dinheiros. O dinheiro, enquanto unidade monetária, desaparece no final da primeira dinastia e é substituído pelo real. O primeiro rei da Segunda dinastia, D.João I, manda cunhar as primeiras moedas portuguesas de cobre, os reais pretos. É durante a governação filipina e a restauração que à cunhagem da moeda por martelo se substituem os métodos mecânicos e que surge a primeira forma de papel moeda, durante o reinado de D.Pedro II.
A Casa da Moeda passava um recibo a todos os que lhe entregassem moedas de ouro e prata que tivessem sido cerceadas, ou seja, limadas e diminuídas da sua quantidade de metal precioso e, consequentemente, de valor afectivo. Em 1821 é criado o primeiro banco emissor no Continente, Banco de Lisboa, antecessor do Banco de Portugal que passa a emitir notas regularmente. O Banco de Portugal surge em 1846 e, em 1887, torna-se no único Banco emissor.
Com a implantação da República, a 5 de Outubro de 1910, o sistema monetário é alterado e o real substituído pelo escudo. Todavia, as primeiras notas de escudo só começam a circular em 1914. Com a entrada do Euro no nosso quotidiano já à vista, o escudo está em contagem decrescente. A nova moeda começa a circular no próximo mês de Janeiro em 12 Estadosmembros da União Europeia, Portugal incluído. No final de Fevereiro do próximo ano o escudo desaparece para sempre do dia a dia dos portugueses.



5 de Outubro - Implantação da República

Portugal foi, desde a sua fundação, governado por reis. A essa forma de governo chama-se monarquia.
No entanto, nos finais do século XIX, havia muitas pessoas que achavam que a monarquia não era a melhor forma de governar um país: o rei reinava a vida toda.
Quando morria era o filho mais velho, o príncipe, que tomava o seu lugar.
Os problemas que as pessoas viam na monarquia eram devidos a coisas muito simples:
E se o rei governasse mal? E se fosse cruel para com os súbditos (o povo)? E se ficasse doente ou louco? E se tivesse ideias extravagantes que prejudicassem as pessoas? E s
e decidisse mal coisas importantes para o país?E se se deixasse influenciar demais por pessoas com más intenções?
Claro que estes problemas podem acontecer com qualquer governante, fosse ele um rei ou outro...No entanto, as vantagens de uma forma de governar diferente eram vistas como boas. Seria um sistema diferente: uma república.
As repúblicas têm dirigentes eleitos por períodos de tempo mais curtos, e o controlo do poder parecia mais eficaz.
Por tudo isto, grupos de cidadãos portugueses, partidários de um sistema de governo republicano, foram-se revoltando e acabaram por conseguir terminar com a monarquia e implantar a República, como vinha acontecendo noutros países da Europa.
Isto aconteceu a 5 de Outubro de 1910.
A República foi proclamada dos Paços do Concelho (a Câmara Municipal) em
Lisboa. A importância deste facto foi tal que se decidiu que essa data fosse um dia feriado.
O último rei foi D. Manuel II que partiu para Inglaterra com a restante família real, ficando aí a viver no exílio.
O primeiro presidente foi Teófilo Braga, mas foi apenas presidente do Governo Provisório até às eleições, onde foi eleito como primeiro Presidente de Portugal Manuel de Arriaga.
A implantação da República fez com que Portugal mudasse a sua bandeira e o seu hino para aqueles que temos actualmente e o nome da sua moeda para o escudo.

A Bandeira Nacional



A bandeira nacional é dividida em duas partes: verde e vermelha. A verde significa a esperança dos portugueses no futuro. A parte vermelha significa o sangue derramado nas guerras por todos os portugueses ao longo dos séculos.

No centro encontra-se a esfera armilar que lembra o rei D. Manuel I, da época dos descobrimentos. O escudo das armas contém os sete castelos conquistados por D. Afonso Henriques aos mouros. No centro, as cinco quinas simbolizam as chagas de Cristo, mostrando que Portugal é uma nação Cristã.

Apresentação

Bom dia, boa tarde, boa noite :)
Somos duas alunas do 8º ano a realizar um projecto sobre a Implantação da República no nosso país, na disciclina de Área de Projecto.
Neste blog, vamos falar sobre a Bandeira Nacional, a moeda, o hino, muitas mais coisas de Portugal e em especial sobre a Implantação da Republica.
Espero que gostem!